Luanda, 22 de maio de 2025 Angola registou uma melhoria significativa no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O país subiu da 150.ª para a 148.ª posição entre os 191 países avaliados, refletindo avanços em indicadores essenciais como educação, saúde e rendimento per capita.
Segundo o relatório publicado esta semana, a esperança média de vida em Angola aumentou para 62,3 anos, e a taxa de escolarização nacional atingiu os 68%.
O rendimento nacional bruto per capita também cresceu, situando-se agora em 4.200 dólares norte-americanos.
As autoridades angolanas consideram esse progresso como resultado direto de políticas públicas focadas na inclusão social e no investimento em infraestrutura básica, sobretudo no interior do país.
O programa Kwenda, de transferências monetárias a famílias em situação de vulnerabilidade, foi citado como uma das iniciativas que mais contribuíram para o aumento da segurança alimentar e o acesso à educação básica, alcançando mais de um milhão de famílias nos últimos dois anos.
Desafios persistem
Apesar do avanço no ranking, o relatório destaca fragilidades estruturais ainda presentes:
– A qualidade da educação, especialmente no ensino primário e secundário;
– O acesso desigual aos serviços de saúde entre zonas urbanas e rurais;
– A necessidade de ampliar oportunidades econômicas sustentáveis para a juventude.
Especialistas alertam que o desafio agora é transformar as melhorias estatísticas em resultados tangíveis na vida da maioria da população.
Comentário Editorial
Por Sempa Sebastião
A subida de Angola no Índice de Desenvolvimento Humano é um sinal positivo e deve ser reconhecida. Mas o maior mérito não está na posição alcançada e sim na possibilidade de reverter décadas de atraso histórico com políticas centradas no ser humano.
O desenvolvimento humano é, acima de tudo, o direito de cada cidadão a viver com dignidade, saúde, educação e esperança.
É preciso manter o foco nos mais pobres, nos esquecidos, nas crianças que ainda caminham horas para ir à escola e nos doentes que não têm postos médicos acessíveis.
Sem inclusão social verdadeira, nenhum índice será suficiente para mudar a realidade.
Citação :
O verdadeiro progresso de uma nação mede-se pelo bem-estar do seu povo.
Sempa Sebastião